Olá meus queridos que me acompanham. Nesse
último mês muitas atividades preencheram as minhas horas e em nada
pude colaborar para os seus olhos lerem meus pensamentos nesses
momentos. Mas hoje estou aqui para fazer isso. Essas atividades, eu as escolhi com prazer. Estudei bastante a possibilidade de enfrentá-las.
Avancei muito do que deveria talvez avançar na minha vida. Mas
correr riscos é assim mesmo. Eu tinha duas
opções: continuar no estado físico-psicológico no qual eu estava
ou encarar os desafios desconhecidos. Portanto,
fazer valer a minha essência
indescansável por melhoria. É
incrível como quando nos atentamos aos detalhes da vida ela vai se tecendo, fio a fio, dando-nos
respostas das questões que nós mesmos nos propusemos. Generosidade
e caridade, me fizeram durante essa
semana pensar bastante sobre o que faço
e quem sou; o
que fiz e os propósitos aos quais me lancei. Fazer o que gosta ou
gostar do que faz? Confuso. Porém, necessário para traçar qual
endereço realmente desejo chegar nessa caminhada. Amigos, família
fazem falta, fazem muita falta.
Mas é nesse espaço criado que novos amigos surgem. Especiais todos
são, mas todos infelizmente não coabitam o mesmo espaço, por uma razão ou por outra. Assim,
nos entregamos a um “olhar para frente
e seguir a trilha dos seus sonhos” de maneira determinada. Nesse ínterim, é comum confundir lágrimas de
alegria com lágrimas de nostalgia. É viver em romance consigo. As
músicas que antes pareciam apenas músicas, que embalaram momentos
simples aos olhos dos que vivenciaram as cenas de bonança, logo se transformaram em âncoras de momentos infinitos de simples felicidade. Meu coração pulsa de agradecimento por ter sido
presenteado com tantas maravilhas. Me lançando nos caminhos das
despreocupações ouvi ao acaso uma música de Kelly
Clarkson – Breakaway, onde ela fala de uma viagem a luz, ao risco
de viver ao sair de sua cidade pequena. Me identifiquei muito com ela
e fiz analogia em relação ao
meu momento atual. Sei que muitos como eu, aqui em Apucarana/PR, no
Brasil inteiro ou mesmo pelo mundo, também vivem essa mesma
realidade. Essa sensação de incompletude ao permanecer
no mesmo lugar não combina comigo, o que não implica dizer que quem ficou de onde eu saí está incompleto, pelo contrário, cada um é um ser em particular que se nutre com o que necessariamente o preenche. Essa luta diária é por auto sobrevivência, é
por uma juventude alcançada todos os dias quando nos deparamos com o
novo, com as novas possibilidades, com as desconstruções de
outrora. Como num quebra cabeça, é a compreensão de uma peça feita no
seu conjunto a cada dia. A vida é um palco, em que todo artista
principal é você. Você cumpre todas as marcações, a luz tá
pronta, a trilha sonora te envolve e você também tem a liberdade de a fazer. Prepara o seu
figurino e se lança nos monólogos e
diálogos. Chora com as comédias, ri com os dramas, deita, come e
dorme. Todos os dias muda e paradoxalmente permanece o mesmo. Nesse ato, se dá a
entrada do mistério no seu palco. Ele é seu. O risco é seu. A responsabilidade de se esquivar, de se
esconder tem a mesma medida e peso de se lançar, de estar a vista.
No final, quando você estiver bem próximo à sua “última viagem”
e lhe questionarem sobre o que você faria, certamente sua resposta
seria fazer tudo de novo, só que correndo mais riscos. Fazendo tudo melhor. Porque é
assim que a vida é feita. O “porque” é mágico, a “vida” é
mágica e o “que é feito” é a mais pura magia. Enlace-se
consigo, julgue menos a si e aos outros, e progrida mais. Augusto
dos Anjos já dizia: A
mão que afaga é a mesma que apedreja.
Escolha
o melhor para você e para quem está ao seu entorno. E que esse seu
“melhor”
seja o afago, a compreensão, a
justiça.
Deixo aqui ovídeo da música que me inspirou, para vocês curtirem as imagens e a melodia.