Olá
galera, tudo bem? Pelo que eu entendo em toda instituição de ensino funciona
assim: semestre novo, alunos novos, velhas/novas esperanças, novos laços, novas
disciplinas, novo cronograma, novos velhos conhecimentos. Diante de tanta
novidade, mais importante que tudo nessa onda “renovativa” é (e peço licença
para os meus neologismos, afinal estamos falando de inovação, criação, design
de vida) afirmar, ou firmar-se diante de
si em busca da própria Potência da alegria
existencial. Assim como a personagem John Keating interpretado por Robin
Willians no filme Sociedade dos Poetas Mortos (lançado em 1990 e dirigido por
Peter Weir) há muitos que buscam através de métodos novos resgatar os mais
clássicos e perenes silogismos e pensamentos corriqueiros nos mundos das
Ciência, Filosofia e Teologia.
Aqui está o link do trailer do filme:
No
entanto, estes são costumeiramente bloqueados, barrados, interpelados, quando
se lançam numa proposta de vanguarda, por se tratar de um movimento novo que
causa “assustamento” e ameaças a um sistema vigente e com garantias de “bons”
resultados. Tenho dúvida em relação à dinâmica das nossas instituições. A um
passo em que elas exigem o “novo”, elas temem-no. Tenho dúvida se estamos na
era da comunicação ou se estamos realmente é na era do paradoxo. Mas algo me
diz que há sempre uma terceira via. Seria uma nova forma de avaliação o caminho
que aponta para essa terceira via? Averiguar os fatos e os fundamentos nos
traria segurança para darmos os passos que tanto almejamos? Bem, aonde quero
chegar com tudo isso exposto? A resposta é simples. De nada adianta dominar o
conhecimento contido em toda uma biblioteca empanturrada de livros das mais
variadas linhas de saber se o ser conhecedor desse conhecimento se mostrar
incapaz de ser sensível aos anseios do próprio corpo. Do contrário, será uma
luta titânica onde não haverá vencedor, onde não haverá vencido. O nosso corpo
tem inteligência e ele lhe diz o que te faz bem e o que te faz mal. Ele lhe diz
o que seguir, o que fazer, o que comer. Ele lhe diz simplesmente tudo, basta
apurar seus sensores e ouvir o que sua voz interior comunica. Se você não
consegue percebe-la, ou percebe e não a cumpre, elaborarás uma série de
contenções, de defesas da ordem da timidez, introspecção e da vergonha. Mais
importante do que essas características de baixa energia é a sensibilidade de
captar o que elas estão te comunicando. Sensibilidade é assim, você percebe que
foi presenteado com uma energia vital gloriosa e busca apenas cumpri-la.
Entende-a e reage. Quando algo desandar em sua vida, e você desentender porque
aquilo aconteceu, simplesmente pare e ouça o que diz a voz do seu coração.
Parafraseando Richard Chamberlain, se compreender, e compreender o mundo e as
pessoas tais quais elas são, é um passo seguro, por demais, para um encontro
com o verdadeiro paraíso. Se essa ideia de paraíso é antiga, acredito que ela
se renova, aliás, se faz nova a cada semestre, quando um aluno, ou um
professor, ou qualquer ser humano entende a intrínseca razão de viver. Que não
sejam ideias apenas novas logo substituídas por outras ainda mais novas. Que elas sejam novas e alimentadas
continuamente por outras novidades, por terem uma relação de permanência e
responsabilidade com a verdade e com a ética que fortalece as relações sociais.
Que essas relações façam, acima de tudo, você ter o seu encontro com o paraíso
que é a si próprio. Diante de tudo isso exposto, o que necessitamos aprender é
veementemente fluir, dinamizar, é transmutar, transcender, pois até o seu corpo
que um dia entrará em desligamento compulsório se tornará uma matéria inerte
que será responsável por alimentar as novas vidas que se regenerarão. Portanto,
queridos amigos, companheiros, colegas e novos amigos que virão, sejam
bem-vindos a um novo semestre, sejam bem-vindos às suas novas vidas.
Fontes pesquisadas:
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-5280/