quarta-feira, 2 de outubro de 2013

BEM-VINDOS AO NOVO SEMESTRE DE SUAS VIDAS

Olá galera, tudo bem? Pelo que eu entendo em toda instituição de ensino funciona assim: semestre novo, alunos novos, velhas/novas esperanças, novos laços, novas disciplinas, novo cronograma, novos velhos conhecimentos. Diante de tanta novidade, mais importante que tudo nessa onda “renovativa” é (e peço licença para os meus neologismos, afinal estamos falando de inovação, criação, design de vida)  afirmar, ou firmar-se diante de si em busca  da própria Potência da alegria existencial. Assim como a personagem John Keating interpretado por Robin Willians no filme Sociedade dos Poetas Mortos (lançado em 1990 e dirigido por Peter Weir) há muitos que buscam através de métodos novos resgatar os mais clássicos e perenes silogismos e pensamentos corriqueiros nos mundos das Ciência, Filosofia e Teologia.


Aqui está o link do trailer do filme:

No entanto, estes são costumeiramente bloqueados, barrados, interpelados, quando se lançam numa proposta de vanguarda, por se tratar de um movimento novo que causa “assustamento” e ameaças a um sistema vigente e com garantias de “bons” resultados. Tenho dúvida em relação à dinâmica das nossas instituições. A um passo em que elas exigem o “novo”, elas temem-no. Tenho dúvida se estamos na era da comunicação ou se estamos realmente é na era do paradoxo. Mas algo me diz que há sempre uma terceira via. Seria uma nova forma de avaliação o caminho que aponta para essa terceira via? Averiguar os fatos e os fundamentos nos traria segurança para darmos os passos que tanto almejamos? Bem, aonde quero chegar com tudo isso exposto? A resposta é simples. De nada adianta dominar o conhecimento contido em toda uma biblioteca empanturrada de livros das mais variadas linhas de saber se o ser conhecedor desse conhecimento se mostrar incapaz de ser sensível aos anseios do próprio corpo. Do contrário, será uma luta titânica onde não haverá vencedor, onde não haverá vencido. O nosso corpo tem inteligência e ele lhe diz o que te faz bem e o que te faz mal. Ele lhe diz o que seguir, o que fazer, o que comer. Ele lhe diz simplesmente tudo, basta apurar seus sensores e ouvir o que sua voz interior comunica. Se você não consegue percebe-la, ou percebe e não a cumpre, elaborarás uma série de contenções, de defesas da ordem da timidez, introspecção e da vergonha. Mais importante do que essas características de baixa energia é a sensibilidade de captar o que elas estão te comunicando. Sensibilidade é assim, você percebe que foi presenteado com uma energia vital gloriosa e busca apenas cumpri-la. Entende-a e reage. Quando algo desandar em sua vida, e você desentender porque aquilo aconteceu, simplesmente pare e ouça o que diz a voz do seu coração. Parafraseando Richard Chamberlain, se compreender, e compreender o mundo e as pessoas tais quais elas são, é um passo seguro, por demais, para um encontro com o verdadeiro paraíso. Se essa ideia de paraíso é antiga, acredito que ela se renova, aliás, se faz nova a cada semestre, quando um aluno, ou um professor, ou qualquer ser humano entende a intrínseca razão de viver. Que não sejam ideias apenas novas logo substituídas por outras ainda mais novas.  Que elas sejam novas e alimentadas continuamente por outras novidades, por terem uma relação de permanência e responsabilidade com a verdade e com a ética que fortalece as relações sociais. Que essas relações façam, acima de tudo, você ter o seu encontro com o paraíso que é a si próprio. Diante de tudo isso exposto, o que necessitamos aprender é veementemente fluir, dinamizar, é transmutar, transcender, pois até o seu corpo que um dia entrará em desligamento compulsório se tornará uma matéria inerte que será responsável por alimentar as novas vidas que se regenerarão. Portanto, queridos amigos, companheiros, colegas e novos amigos que virão, sejam bem-vindos a um novo semestre, sejam bem-vindos às suas novas vidas.