Às vezes ouço por aí pessoas falarem como a moda é fútil. O que me preocupa nesse sentido, não é se a moda é ou não fútil. Minha preocupação é o conhecimento dessas pessoas que a intitulam desse modo. Penso que talvez o que chamam de moda não seja mais do que a apropriação por parte do mercado em relação às necessidades criadas para se vestir, seja pela proteção, simbologia religiosa ou por status, por parte da massa. Entendo que essa banalização da engrenagem de nossas necessidades está sendo, ao mesmo tempo em que necessária para a nossa sobrevivência em decorrência do financeiro produzido com tal indústria, estigmatizada como a ceifadora do planeta. Fala-se atualmente na “moda ética”, um ramo da moda que trabalha juntamente com o eco design na reprodução financeira sem que tenha que agredir de maneira desastrosa o meio ambiente. Fala-se ainda do “zerowaste”, que é uma espécie de produção sem retraços (sobras) deliberados no meio ambiente. Imagino que, se a moda é tão fútil, o que dizer de roupas que são preparadas pelos designers preocupados com a saúde de pessoas que sofrem as mais diferentes formas de reveses da vida no campo da saúde humana? Não discuto aqui se a moda ainda não conseguiu se livrar do seu lado da “face da moeda” que é nefasta. Falo, sim, da “face” na qual ela tem ajudado bastante, de maneira proveitosa e eficiente nos muitos casos de crianças portadoras de Síndrome de Down, como pessoas com incontinência na região pélvica, ou mesmo como na situação de autismo. Assim sendo, penso que devamos investigar e conhecer de maneira aprofundada os novos ramos da moda, pois esta é atualmente gestada por designers que estão sendo preparados na tangente do “SAVE THE WORLD” tendo como preocupação superficial a beleza, mas, como preocupação primordial e ética, uma produção de moda lançada no limiar das questões ambientais. Portanto, vamos banalizar este lado “clean” da moda, para que ela cada vez mais deixe de ser algo fútil, e seja um instrumento útil na execução de nossas vidas, assim como ela já vem se delineando ser.
Fonte da imagem: www.diariodeumaneurotica.com/wp-content/uploads/2013/03/Down-2.jpg |
Alberani querido! Que linda iniciativa! Adorei! Obrigada por compartilhar... Vamos divulgar! Bjs.
ResponderExcluirObrigado ISIS pela sua sensibilidade em entender a razão da discussão.
ExcluirEu tenho visto que o que faz a má fama da moda não são os seus criadores e sim os consumidores, pessoas que compram sem mais nem menos, somente pelo ter, e pelo prazer de ostentar a etiqueta de uma marca que poucas pessoas não podem obter. Bolsas que custam o preço de uma casa, sapatos cujo valor compraria uma rua inteira... Lamentável. é simplesmente lamentável ver a postura de algumas pessoas. Elas dão má fama a todo o processo, e infelizmente, muitas pessoas que preferem ver as coisas de maneira limitada recebem essa informação mal dada da moda como uma verdade absoluta e imutável! =/
ResponderExcluirPriscila obrigado pela sua valorosa opinião. Estou certo de que você é uma consumidora consciente. E essa consciência vai além da questão da economia doméstica ou do uso desordenado dos supérfluos e suas implicações, ela engloba a sustentabilidade do planeta. Muito obrigado pela sua participação!
ExcluirAlberani você é demais!!! Adoro seus textos sempre bem colocados. O mundo da "moda" precisa ver oq vc escreve sobre tal. Ainda te vejo escrevendo grandes colunas do seguimento.
ResponderExcluirOlá Klécia Galvão, ter vivido a experiência de estudar com você só me fez perceber o quanto você é talentosa e carinhosa. Desejo a você muito sucesso em sua vida e muito obrigado pela atenção.
ExcluirQuando decidi estudar moda, vivenciei bem a critica sobre a futilidade da moda, minha resposta sempre foi unica: Desafio-te a viver sem ela. Por uma semana, sem moda. Viva sem suas roupas, ou um corte ou penteados de cabelo. Moda é muito mais do que SPFW, é a primeira forma de comunicação humana.
ResponderExcluirOlá Betty B. gostei muito da sua opinião acerca da "futilidade da moda". Achei bem interessante o seu desafio de se passar uma semana sem ela. Estar na moda, realmente é muito mais do que estar vestido, são os modos, a educação e a comunicação que envolve a nossa socialização. Um grande abraço e obrigado pela sua contribuição.
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