"Dez estudantes brasileiros poderão ser escolhidos neste ano para receber bolsas do Instituto Europeu de Design (IED), sediado na Itália e na Espanha. Serão oferecidas vagas para cursos de um ano nas áreas de Design, Moda, Programação Visual e Administração.
O anúncio foi feito nesta terça-feira (27), durante a inauguração do IED no Rio de Janeiro. Desde 2005, a escola funciona em São Paulo. Segundo a ministra da Cultura, Marta Suplicy, as bolsas serão as primeiras do programa Cultura sem Fronteiras, a ser lançado em breve pelo ministério.
'Até agora, só os estudantes de Exatas tinham essa oportunidade para obter bolsas no exterior, por meio do Ciência sem Fronteiras', afirmou a ministra. 'Para ampliar as possibilidades, estamos fazendo o Cultura sem Fronteiras'".
Para homenagear e
agradecer a todas as mães que tenho sido abençoado nessa minha
viagem a este plano, ofereço esse post que sugere o retorno da
liberdade de ser das mulheres encantadoras que são as nossas mães.
Elas são de tantos tipos, sorrisos e encantos, porém, infelizmente e de repente nos encontramos com outras, as vencidas por limites do
existir. O que está escrito, trata-se de uma conversa mental que
tenho intensamente com a minha mãe (Maria Eunice da Conceição),
que ora passa por um momento delicado em sua vida. O meu amor e minha admiração a verdadeira heroína do meu existir. Desse modo, desejo que
todas as mães que estão sensíveis nesse momento possam receber
muita energia positiva e com isso voltem a ter brilho e cor nos seus
sorrisos e olhares. As minhas orações pedem isso.
Quem diz o que você deve
pensar? Quem disse que não seria você que deveria dizer o que
propriamente pensa? Fazer sua própria música é fazer as notas da
canção do seu existir. Horas haverão em que você de repente
poderá até dessoar, mas noutras você encontrará o balanço
rítmico que a vida tem para te mostrar. Quando pensar que tudo está
dessintonizado, o inconstante, o imprevisto, o inacessível se
mostrará possível e táctil. As coisas poderiam ser inomináveis,
mas elas tem nome. Elas ainda poderiam ser silenciosas, mas elas tem
som. Elas poderiam ser invisíveis, mas elas estão aí no campo do
visível. O que te falta então? TUDO ESTÁ AÍ, absolutamente tudo!
Talvez falte a você tomar a decisão de seguir adiante, seguir em
direção a luz em vez de ficar aí exatamente onde você está.
Certa vez um amigo me apresentou um conto popular, que se é verdade
ou não, eu não sei, mas o tomei como verdadeiro para mim. Certa
feita uma mulher estava em estado de sonho. E nele, ela era
perseguida por um urso gigante e feroz. Ele a perseguiu até a borda
de um despenhadeiro profundo. A mulher chegou no limite de onde
poderia ir e olhou para o urso e perguntou: - E agora o que eu faço?
O urso parou, cruzou os braços e falou: - E sou eu quem sabe? O
sonho é SEU, resolva-o. Então, sonho ou pesadelo você é quem o
faz. Se o que você tem feito não está sendo o suficiente para
tornar o seu sonho realidade, mexa-se mais, dinamize-se, pois se você
não sabe, a vida é assim, pura dinâmica. A energia é puro fluxo.
Se fosse para a energia ficar estática o ser humano ou qualquer ser
movente seria imortal ou nem existiria. O universo está num
enquadramento em que tudo se equilibra. E o que aconteceu com você
agora certamente ele, o universo, deliberou uma energia incalculável
para produzir esse evento para você. E como o bom e eficiente gênio
da lâmpada, ele te dá o que você pede ou o que você vibra. Peça
de maneira elaborada e precisa. Não sabe como pedir? Então comece a
pedir “como saber pedir?” isso vai movimentar o fluxo energético
do seu ser. Ah! E se de repente você diz que não acredita nessa
“onda” de energia, então te proponho o seguinte: façamos apenas
dois testes. Primeiro, você consegue ver a energia que faz o raio
cair no chão em tempo de tempestade? Você consegue ver, ouvir ou
sentir a energia que ilumina a sua casa? Aquela que movimenta uma
indústria? Certamente não. O que você vê, ouve e sente são sons,
sensações e imagens produzidas por essa tal energia. A energia está
lá como essência das coisas, se você é cético em relação a
ela, é possível que ainda seja para muitas outras coisas. Mas essa
escolha é sua. Se te faz bem siga em frente, o importante é ser
livre. Mas caso queira modificar um pouco esse estado em que a sua
vida se encontra devido reflexo da rotina, sugiro mudar, transmutar,
regenerar, reaprender e aprender coisas diferentes e novas. Assim a
juventude, a saúde e a alegria estarão sempre com você.
Esse é o meu presente do Dia das Mães!
Segue aqui um fragmento
do poema de Cecília Meireles, Mudança. Deleitem-se e reformem as
suas vidas. vocês são dignas disso.
"Mude,
mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a
velocidade.
Sente-se
em outra cadeira, no outro lado da mesa.Mais tarde mude de
mesa.Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua.
Depois,
mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com
atenção os lugares por onde você passa.
Veja
o mundo de outras perspectivas.
Abre
e feche as gavetas e portas com a mão esquerda.
Não
faça do hábito um estilo de vida.
Ame
a novidade.
Durma
mais tarde.Durma mais cedo.
Tente
o novo todo dia. O novo lado, o novo método, o novo sabor, o novo
feito, o novo prazer, o novo amor, a nova vida.
Tente. Ame
muito, cada vez mais, de modos diferentes.
Mude.Lembre-se
que a vida é uma só.
Se
você não encontrar razão para ser livre, invente-as.
Seja
criativo.Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores
do que as já conhecidas, mais não é isso que importa.
O
mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia.
A
salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!"
Curta a seguir a crônica com o Pedro Bial "Use Protetor Solar", ela trará dicas e revelações bem engendradas do
nosso dia-a-dia. Antes de ir à crônica, ouça a música Everybody
is free e a sua legenda em Língua Portuguesa.
Everybody free (Rozalla) - música
e legenda em português
Use protetor solar com Pedro Bial –
vídeo
Mães, vocês são lindas e guerreiras mulheres. Felicidades!
Essa carta foi escrita no dia 24 de março de 2014. A foto e o texto tem como fonte: http://cartasparahelena.wordpress.com/2014/03/30/helena-voce-pode-ser-um-menino-se-quiser/
Esse post fala sobre um modelo de sociedade que se deseja diante de tantas amarras que ainda se tem no modelo atual. Ele é intitulado Helena, você pode ser um menino se quiser. E traz a tona o questionamento acerca dos valores que queremos para os nossos descendentes, portanto, para o futuro.
"Helena,
quando você nasceu foi declarada do sexo feminino, mas quando ainda era muito pequena, um cisco na minha barriga, já imaginava 'E se a escolha não for a mesma constatada pelos médicos?' Sim, já discuti isso com seu pai.
Sou uma boba, fico imaginando você já adulta, me contando suas novidades na mesa, me apresentando amigos, levando broncas e tomando um belo café com leite preparado com todo carinho por mim e sempre - s-e-m-p-r-e - te imagino como uma folha em branco. Nenhuma roupa, nenhum corte de cabelo ou qualquer preferência da minha imaginação que possa imitar suas escolhas. São suas, não me meto nelas.
Claro, sempre te darei conselhos, irei te ouvir e vou opinar quando achar necessário, mas quem você é e o que deseja, são questões que apenas diz respeito ao seu ser. Hoje você tem 8 meses, quase 9, brinca com avião, lata de milho, bonecas, tartaruga ninja, forma de silicone de cupcake, mordedores, saquinhos com feijão e arroz, pote cheio de feijão, sim, estou sendo muito criativa na tarefa de te entreter sem gastar dinheiro e o mais importante: aqui não tem brinquedo de menina e menino. Temos diversão.
Lembre-se disso. Vou te vestir de rosa - mais rosa, porque você ganha muitas roupas dessa cor - vermelho, azul, preto, tudo que achar confortável e sim, as vezes coloco presilhas no seu cabelo, mas devo admitir que acho aquilo chato para crianças.
Só quero te deixar claro, querida, você pode ser um menino, uma menina, algo entre um ponto e outro, uma flor, um pedaço de nuvem, um peixe com pés, tudo que você quiser,desde que seja uma pessoas de opinião própria.
Prefiro que você reflita sobre tudo e me conte sobre sua decisão, do que seja a garotinha perfeita e de sucesso da mamãe. Melhor, nem seja, isso é muito chato.
Desejo do fundo de minha alma que você pense sobre o mundo, veja desenhos no céu, acredite no potencial criativo humano e fale sobre concepções, do que o conhecemos como 'normal'.
Tenho medo, claro, que você sofra violência por ser mulher ou por qualquer outra escolha futura, mas se quero uma filha corajosa, também devo me cobrar a coragem de te ajudar a enfrentar o mundo. Somos uma equipe, lembre-se disso. O mundo e seus conceitos pré-definidos podem se explodir em purpurina.
Com amor,
Mamãe.
(O texto foi transcrito como no original.)
Para completar nosso post hoje teremos dois vídeos para nos reportar a ideia acima levantada. Um vídeo com a Cássia Eller cantando Malandragem e o outro com o grupo Cramberries cantando Animal Istinct.
Esse post tem como fonte: http://leonardoboff.wordpress.com/2014/04/10/perder-se-para-encontrar-se-o-monge-o-gato-e-a-lua/
Esta estória, assim como diz Leonardo Boff, é inspirada na vivência do seu irmão, Waldemar Boff. Ela é narrada pelo próprio Leonardo e nos trás uma reflexão sobre quem somos e como somos quando sentimos que nada mais somos e o que fazer para voltarmos a "sermos". Boa reflexão!
"O homem moderno perdeu o sentido da contemplação, de maravilhar-se diante das águas cristalinas do riacho, de encher-se de espanto face a um céu estrelado e de extasiar-se diante dos olhos brilhantes de uma criança que o olha interrogativa. Não se sabe o que é o frescor de uma tarde de outono e é incapaz de ficar sozinho, sem celular, internet, televisão e aparelho de som. Ele tem medo de ouvir a voz que lhe vem de dentro, aquela que nunca mente, que nos aconselha, nos aplaude, nos julga e sempre nos acompanha. Essa pequena estória de meu irmão Waldemar Boff, que tenta pessoalmente viver no modo dos monges do deserto, nos traz de volta a nossa dimensão perdida. O que é profundamente verdadeiro só se deixa dizer bem, como atestam os sábios antigos, por pequenas estórias e raramente por conceitos. Às vezes quando imaginamos que nos perdemos, é então que nos encontramos. É o que esta estória nos quer comunicar: um desafio para todos.
Era uma vez um eremita que vivia muito além das montanhas de Iguazaim, bem ao sul do deserto de Acamam. Fazia bem 30 anos que para lá se recolhera. Algumas cabras lhe davam o leite diário e um palmo de terra daquele vale fértil lhe dava o pão. Junto à cabana esgueiravam-se algumas ramas de videira. Durante o ano todo, sob as folhas de palmeira de cobertura, abelhas vinham fazer suas colmeias.
'Há 30 bons anos que por aqui vivo!...', suspirou o monge Porfiro. 'Há 30 bons anos!...'. E sentado sobre uma pedra, o olhar perdido nas águas do regato que saltitavam entre os seixos, deteve-se neste pensamento por longas horas. 'Há 30 bons anos e não me encontrei. Perdi-me para tudo e para todos, na esperança de me encontrar. Mas perdi-me irremediavelmente!'
Na manhã seguinte, antes de o sol nascer, de parco farnel aos ombros e semi-rotas sandálias aos pés, pôs-se a caminho das montanhas de Igazaim, após a reza pelos peregrinos. Ele sempre subia as montanhas, quando, sob forças estranhas, seu mundo interior ameaçava desabar. Ia visitar Abba Tebaíno, eremita mais provecto e mais sábio, pai de uma geração toda de homens do deserto. Vivia ele sob um grande penhasco, de onde se podia ver lá embaixo os trigais da aldeia de Icanaum.
'Abba, perdi-me para encontrar-me. Perdi-me, porém, irremediavelmente. Não sei quem sou, nem para que ou para quem sou. Perdi o melhor de mim mesmo, o meu próprio eu. Busquei a paz e a contemplação, mas luto com uma falange de fantasmas. Fiz tudo para merecer a paz. Olha meu corpo, retorcido com uma raiz, retalhado de tantos jejuns, cilícios e vigílias! ... E aqui estou, roto e combalido, vencido pelo cansaço da procura'.
E dentro da noite, sob uma lua enorme, iluminando o perfil das montanhas, Abba Tebaíno, sentado à porta da gruta, ficou a escutar com ternura infinita as confidências do irmão Porfiro.
Depois, num destes intervalos onde as palavras somem e só fica a presença, um gatinho que já vivia há muitos anos com o Abba, veio se arrastando de mansinho até a seus pés descalços. Miou, lambeu-lhe a ponta reta do burel, acomodou-se e pôs-se, com grandes olhos de criança, a contemplar a lua que, como alma de justo, subia silenciosamente aos céus.
E, depois de muito tempo, começou o Abba Tibaíno a falar com grande docura:
'Porfiro, meu filho querido, deves ser como o gato; ele nada busca para si mesmo, mas espera tudo de mim. Toda a manhã aguarda ao meu lado um pedaço de côdea e um pouco de leite desta tigela secular. Depois, vem e passa o dia juntinho a mim, lambendo-me os pés machucados. Nada quer, nada busca, tudo espera. É disponibilidade. É entrega. Vive por viver, pura e simplesmente. Vive para o outro. É dom, é graça, é gratuidade. Aqui, junto a mim deitado, contempla inocente e ingênuo, arcaico como o ser, o milagre da lua que sobe, enorme e abençoada. Não se busca a si próprio, nem mesmo na vaidade íntima da auto-purificação ou na complacência da auto-realização. Ele se perdeu irremediavelmente, para mim e para a lua... É a condição de ele ser o que é e de encontrar-se'.
E um silêncio profundo desceu sobre a boca do penhasco.
Na manhã seguinte, antes de o sol nascer, os dois eremitas cantaram os salmos das Matinas. Seus louvores ecoaram pelas montanhas e fizeram estremecer as fímbrias do universo. Depois, deram-se o ósculo da partida. O irmão Porfiro, de parco farnel à costas e semi-rotas sandálias aos pés, retornou ao seu vale, ao sul do deserto de Acaman. Entendeu que para encontrar-se devia perder-se na mais pura e singela gratuidade.
Contam os moradores da aldeia próxima que, muitos anos depois, numa profunda e quieta noite de lua cheia, eles viram no céu um grande clarão. Era o monge Porfiro que subia, junto com a lua, à imensidão infinita daquele céu delirantemente faiscado de estrelas. Agora não precisava mais perder-se porque se havia definitivamente encontrado'.
Waldemar Boff (um dos meus 10 irmãos) estudou nos USA, é educador popular e camponês".
Em tempo, apresento o vídeo do Nick Vujicic, que me parece ter se perdido para em seguida ter-se encontrado.